terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Tic tac.

Bem assim,como o vôo de uma pomba,  como o vento na minha face foi que lembro do dia que eu renasci.
Todo o medo colocado em prática, toda prática colocada na mesa e na mesa apenas eu, meu passado e meu futuro.
Gira se a garrafa de vinho no sentido anti horário ainda com um restinho dentro, a luz acesa ,mais com o vento ela se apaga e acende outra vez. Ruídos das janelas e o barulho ensurdecedor que faz a solidão.
Chega ser engraçado,  ver pólvora nas pontas dos dedos, balas que não são de açúcar, um porta retratos virado e alguns estilhaços de vidro  no chão.
Parece não ter fim o giro da garrafa, quando aponta para o passado ,tudo se escurece.  Quando aponta para o futuro , a mesa o porta retratos parece desaparecer. . .Quando mira em mim ,nesse presente , fecho meus olhos e rápidos flashes me vêem à memória. Chuva ,cemitério, flores, velas pela metade e um túmulo sem escrita e nem foto. Eu ajoelhado rezando. E a garrafa para de girar. Abro meus olhos ,viro o porta retratos , puxo o gatilho e experimento o doce sabor do meu renascimento. . .olhando fixamente para a foto.
Era uma vez , um menino que queria ir para a lua , mais para ele chegar até lá teria que crescer,  foi aí então que ele se lembrou de seu falecido pai...o menino então cabisbaixo,  olha para sua casa no alto do morro e sorri feliz pensando : já estou perto da lua, desejo eu agora conhecer o fundo do mar.

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