Solidão.
Estar só, caminhar de cabeça baixa, exausto e com dor nos pés.
Escutando barulhos insignificantes que vem em ondas sonoras, poluentes.
O sol teima em queimar as costas, mas a escuridão da mente faz tudo parecer normal.
É chegar em casa, tomar aquele banho com a água batendo na nuca e pensamentos vagos, olhando para um inseto que luta por sua sobrevivência enquanto a água cobre seu corpo... Você não sabe se ajuda ou se deixa morrer...
Livros na estante, uma garrafa de vinho pela metade, um vinil psicodélico da década de setenta, riscado.
A janela entreaberta para bater aquela brisa. Já está escurecendo tudo. Onde foram todos? Ou melhor, onde estou?!
Ah sim ! Vinho, vinil , ressaca da vida e descarga de pensamentos que não servem para nada...
Eu, apenas eu... Me deixa aqui, amanhã levanto cedo, tomo um analgésico vagabundo e genérico e vou fingir que a vida é simples...
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