sexta-feira, 13 de junho de 2014

Solidão genérica

Solidão.

Estar só,  caminhar de cabeça baixa, exausto e com dor nos pés.
Escutando barulhos insignificantes que vem em ondas sonoras,  poluentes.
O sol teima em queimar as costas, mas a escuridão da mente faz  tudo parecer normal.
É chegar em casa, tomar aquele banho com a água batendo na nuca e pensamentos vagos, olhando para um inseto que luta por sua sobrevivência enquanto a água cobre seu  corpo... Você não sabe se ajuda ou se deixa morrer... 
Livros na estante,  uma garrafa de vinho pela metade,  um vinil psicodélico da década de setenta,  riscado.
A janela entreaberta para  bater  aquela brisa. Já está escurecendo tudo.  Onde foram todos?  Ou melhor,  onde estou?! 
Ah sim !  Vinho,  vinil ,  ressaca da vida e descarga de  pensamentos que não servem para nada...
Eu,  apenas eu... Me deixa aqui,  amanhã levanto cedo,  tomo um analgésico vagabundo e genérico e vou fingir que a vida é simples...

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