terça-feira, 3 de março de 2015

Ventos fortes

E eu assim, meio que caminhando contra ao vento...  Vou chutando as pedras  com meus pés descalsos... Não sou capaz de sentir dor,  pois minha mente já não está mais lá.
Pelo caminho encontro uma doce senhora ,  já castigada pela poeira que se acumula abaixo de seus olhos...  Ela calça lindas sandálias, mas tem muitos calos em seus pés ...  Reclama da dor que existe em suas costas...  Já não aguenta mais conservar um certo brilho em seu caminho... Não tem dinheiro para lustrar seu mimo... E assim fica pelo caminho.
Não muito distante,  posso ver uma linda carruagem...  Banhada a ouro e prata.  Dentro dela se encontra um rei,  não mais uma majestade... Toda riqueza lhe foi dada,  mas nessa estrada,  nada pode se comprar.  Qual rei desceria em meio aos ventos e puxaria sua própria cruz?
Eu sigo nessa estrada,  pois eu sei que minha jornada, está chegando ao fim. E se alguém me perguntar para onde estou indo,  direi que os bons ventos me levam e que apenas voltei para buscar um velho amigo.

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