segunda-feira, 17 de junho de 2013

marionetes


Hoje quero que me deixem só, hoje apertou aquilo que todos podem dizer ser apenas "frescura" minha.
Não posso ver um carro ou caminhão que penso em cruzar e me jogar debaixo, nada de facas ou algos pontiagudos. Nada cortante, só quero retratos de uma traição perfeita e um alvo .
Quero a louça lavada, brilhando para que meu cérebro possa pensar em algo. Nem pense em parar em frente de casa e buzinar, isso aqui não é um puteiro, não mais.
Acho que o mais perfeito seria eu estar trancado num quarto, esperando o sol em mais um dia chuvoso. Fechadura apenas do lado de fora, as paredes cheias de lágrimas em forma de arte e no meio de tudo isso uma camisa de força e uma cadeira com uma mesa...
Eu tenho uma escolha, simples. A camisa ficará boa, poderei ir para bailes, comer em restaurantes chiques, e ter até segurança particular...
Mais escolhi a mesa e a cadeira, pois nelas eu percebi uma coisa, eu me sento e me levanto na hora que eu quero,eu pedi e me deram uma folha em branco e uma borracha pra eu poder escrever sobre o que eu quisesse. Mais na hora se perguntavam... tem que ser doido mesmo, vamos amarrar ele na camisa, pois não pediu um lápis ou uma caneta para escrever... e sim uma borracha, tem que estar louco mesmo.
Então fico eu ali, escrevendo sobre a folha em branco , com minha borracha, faço desenhos e "rabisco" com ela.. me divirto. Eles curiosos por me verem tão feliz vão até lá e me perguntam o por que eu estar feliz sendo que na folha ainda continuava tudo branco, sem nada.
Então respondi para eles apontando apenas a borracha que já estava quase no final, desgastada:
- estou escrevendo meu futuro, que hoje é incerto e misterioso, por isso vivo o presente, rindo de vocês que não estão prestando atenção, mais enquanto me observam , eu vivo do meu jeito e vocês não, vocês vivem do jeito que eu quero. São minhas marionetes particulares.
Agora, por favor, me de um lápis, vou fazer uns rascunhos do meu presente, enquanto ainda tenho um pedaço da borracha pra apagar alguns erros. Se preferirem, posso emprestar minha camisa enquanto vão buscar. Sei que a intenção de vocês é me calar, trazer uma injeção letal, mais preferia eu que agora me trouxessem apenas um simples lápis, pois se me matarem agora, nunca saberão do que realmente se passa pela minha cabeça.

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